História
“PER ASPERA AD ASTRA”
O prelúdio da história que antecede o Instituto das Bruxas de Salém localiza-se durante o século XVII, quando a vassala Tituba começara a contar histórias envolvendo vodu para seis amigas, também vassalas, que após tal ocorrido passaram a ser atormentadas por pesadelos. As mulheres foram dadas como “embruxadas”, o que de fato era verdade, uma vez que a reunião nada mais era um encontro entre as sete irmãs de sangue mágico, que ocorria a cada três luas cheias; porém, o que aconteceu naquela noite fora trágico. Havia outra bruxa nas dependências do local onde ocorria a reunião, e seu poder penetrara a magia das sete escravas.
A bruxa esguia chamava-se Valentine Marie Foxx, posteriormente assassina de Tituba e se auto-nomeando a Suprema do Coven Negro de Salém, fugindo com suas novas “irmãs” de magia para um esconderijo gigante, localizado em meio a floresta de pinheiros que tomava parte de Salém. Décadas se passaram e o Coven Negro permanecia vivo, protegido pela magia de sua Suprema, das seis vassalas e os novos membros que haviam se juntado a ele. Porém, com a estadia dos Arquetsy em Salém, a caçada as bruxas continuava, e o Coven fora descoberto e atacado.
Todos os membros foram captudaros e mortos na fogueira, com exceção de Valentine, que extremamente ferida conseguira ainda em um último ato de desespero usar toda sua magia possível para refugiar-se no Limbo. Na época Valentine encontrava-se gestando quadrigêmeas, e o refúgio fora a única maneira de salvar as crianças em seu ventre e, portanto, dar continuidade ao legado do Coven Negro de Salém.
Agora passando suas últimas horas vida no Limbo, Valentine dera a luz a suas quatro filhas, Aura, Thaleia, Vênus e Ametista; o poder da suprema fora passado e dividido entre suas filhas, ligando cada uma a um elemento, porém todas receberam o dom de transformar suas características físicas. Além dos poderes, outra herança deixada pela Suprema para suas infantas foram suas memórias, passadas em seu último suspiro para as quatro crianças, que viriam a se desenvolver sozinhas nas profundezas do Limbo, sobrevivendo pela dura sorte, aprendendo através das memórias da mãe e sendo alimentadas unicamente pela energia do lugar. Há quem diga que o desenvolvimento das então Supremas lhes proporcionara poderes inimagináveis e desconhecidos ainda hoje mesmo por elas.
Quando seu desenvolvimento estava completo e puderam então retornar a Salém, dotadas das memórias de Valentine, da sede de vingança e da vontade de reerguer o Coven em memória das bruxas mortas pelos Arquetsy, as quatro irmãs fundaram o Instituto das Bruxas de Salém, conhecido pelo publico externo como Academia de Artes Valentine Marie Foxx, acolhendo de qualquer parte do mundo bruxos que precisassem ser protegidos, lecionando e ajudando-os a controlar seus poderes. Décadas se passaram e hoje, o Instituto das Bruxas de Salém é a melhor escola de magia e poderes existente no território estadunidense.
Durante o final dos anos vinte o Instituto sofrera seu primeiro incidente “intenso”, que na época contava como diretoras as quadrigêmeas de Valentine. O infortúnio fora causado pela bruxa Micaella Löhnhoff, de apelido Maëve d’Ignis, reconhecida na instituição por ser uma garota de comportamento exorbitante dotada do poder de ilusionismo.
O ponto era que as Supremas, por um descuido, não conseguiram sentir o perigo se aproximando. Durante a reunião de introsação dos veteranos com os novatos de 1926 no porão da Sibannac Avitas, acompanhada de uma partida de Ouija, todos receberam um aviso do além, de uma antiga suprema – algo que acreditava-se não ser possível. Tituba viera até os jovens e falara sobre a vinda de uma quinta Suprema e a destruição das, até então, atuais. Aura, Thaleia, Vênus e Ametista foram avisadas sobre a “reunião” e apressaram-se para pôr um fim na mesma, o tabuleiro usado no jogo fora queimado por Vênus e a reunião encerrada.
Posteriormente, naquele mesmo ano, coisas estranhas começaram a acontecer após o incidente com o tabuleiro Ouija, incluindo a morte da Suprema Flare (Vênus) d’Ignis que revelara seu poder de “renascença” e a volta de uma doença que dizimara inúmeros bruxos no passado. Sem falar, também, da invasão de falsos caçadores no Instituto, causada apenas por uma ilusão de Micaella. Naquela noite, a mesma desaparecera com o intuito de forjar sua morte e então reaparecer quando todos menos esperassem para enfim matar todas as Supremas e recriar o Coven Negro de Salém.
O que ninguém sabia, porém, era que a loira havia poderes ocultos consigo; sendo um deles a magia espiritual, algo que lhe tornava a “Quinta Suprema”. Durante sua estadia no Instituto, poucos foram os que duvidaram da personalidade criada pela mesma, mas uma bruxa havia se destacado dentre os demais. Megara d’Ignis, aluna aplicada do Instituto e totalmente desprovida de sanidade, não gostara de Maëve desde o início e a evitara sempre que possível.
Megara, o apelido que Corine Faierr recebera na instituição, tinha seu poder relacionado à magia negra e quando encontrava-se com seu poder usado excessivamente, transformava-se em uma outra personalidade chamada de “Maga”. Maga e Corine brigavam constantemente entre si pelo controle geral da mente da garota, muitas vezes resultando em surtos catastróficos. Fora entre um desses surtos, talvez o pior na vida da garota, que Maga expora a verdadeira face de Micaella Löhnhoff – matando não só a causadora de todo aquele caos, como a garota multifacetada.
Não há relatos sobre qualquer incidente durante a época em que as filhas das Supremas originais regeram o Instituto. Atualmente o Instituto das Bruxas de Salém é regido pelas quatro descendentes das antigas supremas, contando com uma nova integrante em seu corpo docente: Sunflower Weiss, bruxa dotada de magia espiritual e, ao que se acredita, possível reencarnação de Micaella.